O Númerozinho era um número feliz,
Vivia pulando, de frente e de vez.
De tão animado, não parava um segundo —
Queria contar tudo o que via no mundo!

Na segunda-feira, pulou num sofá,
Gritando bem alto:
— UM pra começar!

Na terça, encontrou duas bolinhas no chão:
— DOIS pulos redondos! — e rolou no salão.

Na quarta, avistou três gatinhos no beco.
— TRÊS pulos miando! — e caiu de um tombo seco!

Na quinta, foi quatro vezes na geladeira,
— QUATRO pulos gelados! — e ficou de bochecha inteira!

Na sexta, achou cinco patinhos no rio:
— CINCO pulos molhados! — e saiu todo frio.

No sábado, viu seis guarda-chuvas abertos,
— SEIS pulos voadores! — e caiu nos cobertos!

Domingo chegou, o Númerozinho parou…
E ao olhar ao redor, até se emocionou.
— “EU CONTEI A SEMANA! Do UM até o SEIS…
Mas e o SETE? Cadê vocês?”

Então escutou uma voz sorridente:
— “Estamos aqui! Só faltava a gente!”
E sete crianças surgiram rindo do chão,
Pulando com ele na mesma canção:

UM pulinho de alegria,
DOIS passinhos todo dia,
TRÊS sorrisos a pular,
QUATRO braços pra abraçar,
CINCO dedos pra contar,
SEIS risadas pra soltar,
E no final: SETE amigos pra brincar!

O Númerozinho girou, rodopiou,
Contou e riu até dizer “xô!”.
E se você escutar um pulo no quintal…
Pode ser ele — vindo te chamar pro festival!