🌌 A Rede do Céu Azul
Quando a tarde boceja e a luz vai embora,
 O céu veste sombras, dizendo: — É agora!
 Chega a noite com passos bem suaves,
 Espalhando estrelas em nuvens tão leves.
E lá no alto, no mundo sem chão,
 O céu azul monta com as mãos…
 Uma rede imensa, feita de luar,
 Para os sonhos do mundo inteiro embalar.
Entre dois ventos, bem firmes no ar,
 Estica-se a rede, pronta pra ninar.
 As estrelas costuram com fios brilhantes,
 Um leito de calma para os sonhadores distantes.
Os passarinhos já vão se empoleirar,
 As árvores cochicham: “hora de deitar!”
 A tartaruguinha, no canto do rio,
 Fecha os olhinhos com um suspiro macio.
O céu dá um nó no cantinho do vento,
 E balança a rede num doce movimento.
 Crianças no mundo, de perto ou distante,
 Sentem o sono chegando constante.
O urso, no bosque, deita no tronco,
 Escuta a rede e já dorme tão pronto.
 A lua sorri, lá de sua varanda,
 E canta baixinho uma canção de ciranda.
Bocejos se espalham pelo universo,
 Em cada casinha, em verso e reverso.
 A rede embala, gentil e segura,
 Quem sonha com nuvens, magia e ternura.
E agora, você, no seu cobertor,
 Também vai sentir esse balanço de amor.
 Feche os olhinhos, respire com calma…
 Deixe a rede do céu embalar sua alma.
Boa noite, estrelinha, é hora de sonhar.
 A rede te espera… no azul do luar.
